Você já parou para imaginar como a tecnologia tem revolucionado até mesmo a forma como nos alimentamos? Por isso, existe um tipo de negócio que reúne inovação e alimentos: foodtech. Você sabe o que é?
Em poucas palavras, a foodtech é uma forma criativa para os processos que cercam a produção, distribuição e consumo de alimentos atualmente.
Você provavelmente já conheceu alguma empresa deste ramo que, em muitos aspectos, vem mudando a maneira como enxergamos nossa alimentação no dia a dia.
Das fazendas às cozinhas e das prateleiras dos supermercados às mesas dos restaurantes, a FoodTech está deixando sua marca em todos os aspectos da jornada alimentar, como por exemplo, alimentos alternativos à base de plantas ou carnes cultivadas em laboratório.
O interesse do mercado e da população em produtos feitos por foodtech fez com que houvesse um crescimento dessas startups entre 2019 e 2021.
Esse resultado é reflexo da pandemia, período no qual o setor ganhou mais força, com as pessoas ficando mais em casa, de acordo com o levantamento feito pela PwC Brasil em parceria com a Liga Ventures.
Os dados são do relatório “A evolução das startups no setor de Food Techs”, que fez uma análise do setor e apresentou os novos hábitos de consumo e o futuro da alimentação no pós-pandemia. Conheça mais essa área!
O que é Foodtech?
Agora chegou a hora de entender, exatamente, o que é foodtech. Essa tecnologia alimentar é um termo que abrange um vasto campo de ideias, práticas e soluções tecnológicas que têm como objetivo aprimorar diversos aspectos da indústria alimentícia.
Ela engloba uma variedade de áreas, desde a produção e processamento de alimentos até a distribuição e consumo, tudo impulsionado por avanços tecnológicos.
Em essência, a foodtech é o casamento entre a inovação tecnológica e a nutrição, abrindo portas para novos horizontes na alimentação.
Imagine fazendas que utilizam sensores de alta precisão para monitorar condições climáticas e otimizar o cultivo, resultando em colheitas mais saudáveis e eficientes.
Outra forma de entender o que é foodtech é visualizar cozinhas equipadas com dispositivos inteligentes que controlam o cozimento de pratos complexos, garantindo consistência e qualidade.
E olha que a foodtech não é uma tendência passageira; é um impulsionador de mudanças significativas. Ao adotar tecnologias como a Internet das Coisas (IoT), aprendizado de máquina e inteligência artificial, a indústria alimentícia pode tomar decisões mais informadas e precisas em todas as etapas do processo.
A rastreabilidade de alimentos se torna mais transparente, permitindo que os consumidores saibam exatamente de onde vêm seus produtos. Além disso, a foodtech possibilita a criação de alimentos personalizados, levando em consideração necessidades dietéticas individuais.
Tendências em Foodtech
Mas se engana quem pensa que a foodtech é apenas uma fusão entre tecnologia e alimentação, até porque este é um campo dinâmico que está em constante evolução. Confira algumas das tendências dessa área.
Inteligência artificial e machine learning
A inteligência artificial (IA) e o aprendizado de máquina têm o poder de revolucionar a forma como a indústria alimentícia opera.
Pense em uma previsão precisa da demanda por certos produtos em diferentes épocas do ano, permitindo que os fabricantes ajustem a produção de forma eficiente, evitando escassez ou excesso.
A análise de dados pode identificar padrões de consumo e tendências de mercado, permitindo tomadas de decisão mais informadas. Além disso, a otimização da produção com base em algoritmos pode reduzir desperdícios e aumentar a eficiência, beneficiando tanto os fabricantes quanto os consumidores.
Automação de processos de cozinha e entrega
A automação está chegando às cozinhas de maneira empolgante. Desde robôs que preparam refeições sob medida até sistemas de entrega autônomos, a automação está transformando a maneira como os alimentos são preparados e entregues aos clientes.
Imagine uma pizzaria onde robôs cuidam de todo o processo de montagem, cozimento e embalagem, garantindo consistência e eficiência.
Alimentos alternativos: plant-based e carne cultivada em laboratório
Uma das tendências mais emocionantes da FoodTech é o desenvolvimento de alimentos alternativos. A crescente demanda por opções mais saudáveis e sustentáveis levou ao surgimento de alternativas à base de plantas que imitam o sabor e a textura da carne animal.
Além disso, a carne cultivada em laboratório tem o potencial de revolucionar a indústria pecuária, reduzindo a pegada ambiental e atendendo à demanda crescente por proteínas. Essas inovações não apenas atendem às preocupações nutricionais, mas também têm um impacto positivo no meio ambiente.
Segundo estudo da Outcast Ventures, gestora de investimentos em foodtechs, em parceria com a Distrito, plataforma de inovação aberta e transformação digital, os investimentos em foodtechs ultrapassaram US$ 1 bilhão no Brasil entre 2010 e 2021.
Conheça algumas:
Beleaf: produz refeições congeladas saudáveis e práticas.
BeGreen: produz alimentos plant-based, como hambúrgueres, nuggets e linguiças.
Liv Up: produz refeições congeladas saudáveis e personalizadas.
Mercado Verde: é um aplicativo que conecta produtores rurais a consumidores.
Natura: é uma empresa de cosméticos que também produz alimentos orgânicos.
Oliveira & Oliva: produz azeites de oliva de alta qualidade.
Prato: é um aplicativo que conecta restaurantes a consumidores.
Raízs: é uma empresa que produz alimentos frescos e orgânicos.
SweatFit: é uma empresa que produz alimentos saudáveis e funcionais.
Tribo: é uma empresa que produz refeições congeladas saudáveis e personalizadas.
Para trabalhar em uma foodtech é necessário compreender as tendências do mercado, identificar lacunas na indústria alimentícia e aplicar soluções inovadoras.
Adaptabilidade é fundamental, já que o cenário está em constante evolução. Então, habilidades como programação, análise de dados e conhecimentos culinários podem ser um bom caminho.
Se você deseja se preparar para esse mercado, busque especializações em áreas que podem atuar dentro do segmento. Conheça algumas instituições de ensino superior, que oferecem bolsas de estudo em pós-graduação:
