Setembro Amarelo no trabalho: dicas para lidar com o tema
O mês de setembro é dedicado à prevenção do suicídio e à promoção saúde mental. É bem provável que você já ouviu falar sobre a campanha Setembro Amarelo no trabalho, na faculdade, nas escolas ou redes sociais.
Abordar o tema em diversos espaços é fundamental para diminuir as taxas de suicídio e incentivar a busca por ajuda. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são registrados mais de 700 mil casos de suicídio por ano, e só no Brasil a média é de 14 mil casos.
Além disso, segundo dados da OMS, o suicídio é a quarta causa morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal entre jovens de 15 a 29 anos.
Segundo Sandra Arca, professora de Psicologia do Centro Universitário Facens e voluntária do Centro de Valorização da Vida (CVV), “falar de prevenção é cuidar da saúde e fortalecer a importância e o sentido da vida”. Por isso, é importante que o tema seja tratado também no ambiente de trabalho.
Veja, a seguir, algumas ações que as empresas podem realizar para garantir a saúde mental de seus colaboradores e também contribuir para o fortalecimento da campanha do Setembro Amarelo, que nesta edição tem o lema “A vida é a melhor escolha”.
Como falar de Setembro Amarelo no trabalho?
O suicídio ainda é um tabu em nossa sociedade. De acordo com Sandra Arca, ainda há preconceito e desconhecimento sobre esse tema. Por isso, um dos caminhos é convidar profissionais da área da saúde mental e instituições humanitárias para levar conhecimento e informações corretas, acessíveis e claras sobre o tema.
Além disso, as instituições podem organizar rodas de conversa, compartilhar informações e realizar ações com os colaboradores, utilizando imagens e mensagens referentes à campanha.
No site da campanha (setembroamarelo.com) há algumas orientações para participação e divulgação do Setembro Amarelo. É possível fazer o download de panfletos, folhetos, modelo de camiseta, cartilhas e posts para redes sociais.
As diretrizes foram criadas pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM).
Outras ações de valorização à saúde mental no trabalho
Porém as ações de valorização à vida e à saúde mental não devem ficar restritas a um único mês e só na campanha do Setembro Amarelo. As instituições precisam desenvolver ações para garantir o bem-estar dos colaboradores ao longo do ano.
Um ponto importante que as empresas também devem ficar atentas é o impacto dos novos modelos de trabalho. Segundo Arca, quadros de depressão, ansiedade, burnout e dores musculares têm sido relatados em pesquisas sobre o sistema híbrido e home office.
De acordo com a professora, as empresas devem cuidar ainda mais do clima organizacional e incentivar os colabores a praticarem hábitos saudáveis fora da empresa, como sono de qualidade, alimentação equilibrada, prática regular de atividade física.
Além disso, outras ações mais práticas no ambiente de trabalho contribuem para a melhora desse cenário, como a implementação de ginástica laboral, oferecer benefícios corporativos relacionados à saúde mental, como parcerias com psicólogos e psiquiatras.
Para Arca, é muito importante que a empresa prepare os gestores para oferecer suporte e acolhimento aos colabores que precisam de ajuda e fazer o encaminhamento profissional adequado.
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Como surgiu o Setembro Amarelo?
Tudo começou nos Estados Unidos quando um jovem de 17 anos cometeu suicídio no mês de setembro. No velório, os pais do jovem Mike Emme distribuíram alguns cartões amarelos para incentivar as pessoas que passam por problema ligados à saúde mental, como ansiedade e depressão, a procurarem ajuda.
Por isso, a cor da campanha é amarelo. Depois dessa iniciativa nos Estados Unidos, diversos países começaram a se mobilizar para incentivar a promoção da saúde de mental e valorização da vida.
No Brasil, o Setembro Amarelo teve início em 2015 por iniciativa do Centro de Valorização da Vida (CVV), do Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Onde buscar ajuda?
De acordo com a OMS, praticamente 100% dos casos de suicídio tinham relação com doenças mentais não tratadas ou tratadas incorretamente. Por isso, fazer o tratamento adequado é a melhor opção.
Se você está precisando de ajuda ou conhece alguém que está precisando de apoio, um dos caminhos é procurar um profissional especializado, um psicólogo e ou psiquiatra. São eles os responsáveis por orientar o paciente da melhor forma e indicar o tratamento correto.
Além disso, é possível buscar ajuda no Centro de Valorização da Vida (CVV), o canal que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio. Os atendimentos são feitos 24h através do telefone 188 ou pelo chat no site www.cvv.org.br.
Todo o atendimento é feito de de maneira imparcial e sigilosa com profissionais capacitados.
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