Semana de trabalho de 4 dias: como funciona, vantagens e desvantagens
Já pensou em trabalhar somente de segunda a quinta-feira ou ter um dia de folga na quarta-feira? Pois é! A semana de quatro dias já é realidade em algumas empresas do Brasil e do exterior.
Isso porque os colaboradores querem cada vez mais flexibilidade para poder conciliar o trabalho e a vida pessoal e um dos desejos dos funcionários é ter uma menos dias dedicados à empresa, de acordo com uma pesquisa o ADP Research Institute.
Entenda, a seguir, como a semana de quatro dias funciona na prática, conheça as vantagens desse novo formato de trabalho e quais são as empresas brasileiras que já aderiram a novidade.
Como funciona a semana de trabalho de 4 dias?
De acordo com a pesquisa do ADP Research Institute, que ouviu quase 33 mil trabalhadores em 17 países, 48% dos latino-americanos ouvidos estaria disposta a aceitar um corte salarial para ganhar mais flexibilidade ou controle sobre a vida profissional.
Os dados revelaram também que 31% aceitaria um corte salarial para garantir flexibilidade na estruturação de suas horas, mesmo que isso significasse que o total de horas trabalhadas não mudaria. Ou seja, mesmo que se precisasse se dedicar horas a mais em um dia, o colaborador ainda se sentira atraído por esse motivo.
Por esse motivo o tema tem ganhado destaque e pode ser uma alternativa para atrativa para as empresas que buscam profissionais de alto nível. Segundo Mariane Guerra, vice-presidente de RH para a América Latina da ADP, “compreender isso pode ajudar os empregadores a gerenciar demandas em um momento em que atrair e reter funcionários qualificados e talentosos é uma das questões mais críticas para os negócios”.
Como o próprio nome já diz, é uma semana de trabalho mais curta, mas as possibilidades são diversas. Em algumas empresas o colaborador pode optar por folgar na sexta-feira, na segunda ou na quarta.
Além disso, em algumas é possível fazer outra conciliação, como sair mais cedo na sexta-feira e entrar mais tarde na segunda. Assim, o colaborador se sente mais motivado e consegue dar atenção para outros aspectos e projetos da vida pessoal.
Para ficar por dentro: + Quiet quitting: o que é e como afeta o mercado de trabalho
Empresas que aderiram à semana de trabalho de 4 dias
O que é o sonho de muitos já é realidade para alguns. Países como Canadá, Reino Unido, Austrália e Estados Unidos já estão em fase de teste com esse novo modelo de trabalho. No Brasil não é diferente, algumas empresas também já se adaptaram à jornada reduzida Conheça:
- Crawly: empresa de extração de dados que desde seu nascimento, 2017, já aderiu a uma semana de quatro dias de trabalho. Além disso, todos os colaboradores trabalham em home office.
- Shoot: agência de comunicação que reduziu a carga de trabalho de apenas seis horas desde janeiro de 2022. A empresa constatou que não houve alteração na produtividade e percebeu que os colaboradores estão mais motivados.
- ZeeDog: empresa do ramo pet aderiu à semana mais curta, porém às quartas, movimento apelidado de #NoWorkWednesday. A instituição percebeu que os funcionários continuam fazendo entregas com qualidade e dentro do prazo esperado.
Apesar de que os entrevistados da pesquisa DP Research Institute disseram que estão dispostos até mesmo a diminuírem seus salários, é importante destacar que as empresas brasileiras não reduziram a remuneração de seus colaboradores, a mudança foi apenas na jornada de trabalho.
Vantagens e desvantagens da semana de trabalho de 4 dias
Você pode até achar que esse é o modelo de trabalho dos sonhos, mas como tudo nessa vida, a jornada de trabalho mais curta tem seus pontos positivos e negativos também. Veja as vantagens e desvantagens da semana de trabalho de 4 dias:
Vantagens
Maior produtividade: as empresas já perceberam que a semana mais curta não impactou na qualidade do trabalho. Além disso, agora os colaboradores focam naquilo que é mais importante e não perdem muito tempo com reuniões e outros trabalhos que não são prioritários.
Equilíbrio entre vida pessoal e profissional: agora os colaboradores conseguem ter um dia para resolver questões pessoais e realizar outras atividades que não eram possíveis com todos os dias preenchidos com trabalho. O dia de folga pode ser usado para aprender um novo idioma ou ao lazer, por exemplo.
Menor custo: a ausência dos colaboradores em um dia da semana significa menor custo para a empresa, como a redução de equipamentos ligados que impacta diretamente na conta de energia.
Satisfação: com mais equilíbrio os colaboradores ficam mais satisfeitos com o ambiente profissional, o que impacta diretamente na produtividade e na motivação de cada um deles.
Desvantagens
Gestão do tempo: caso o colaborador não consiga gerir o tempo corretamente, com certeza acumulará trabalho, o que pode gerar estresse, ansiedade e desgaste mental.
Dificuldade de adaptação: empresas e colaboradores precisam se adaptar a esse novo modelo, e, por mais que seja atrativo, nem todo mundo consegue manter uma boa comunicação e ter uma equipe alinhada e coesa para o trabalho de 4 dias.
Impacto entre empresa e clientes: poucas empresas aderiram à semana reduzida, por isso esse é um motivo que pode causar insatisfação em quem é beneficiado com seus serviços e produtos. Já pensou que você pode deixar um cliente sem atendimento?
Semana de trabalho de 4 dias e legislação trabalhista
Uma preocupação que vem à tona quando o assunto é uma semana de trabalho mais curto é em relação à legislação. Porém não se preocupe! No Brasil essa mudança é totalmente permitida.
De acordo com a lei, a jornada máxima para os colaboradores é de 44 horas semanais. O que acontece é que as empresas não podem ultrapassar esse limite previsto para a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas podem diminuir.
Por isso, não há nenhuma restrição para as empresas que desejarem aderir à semana de trabalho de quatro dias. Além disso, os colaboradores têm assegurado alguns direitos, como o FGTS, férias, rescisão contratual e 13º salário.
Saiba como melhorar o seu currículo profissional
Como você viu, as grandes empresas brasileiras já aderiram à semana de quatro dias, mas pelo porte das instituições, os candidatos precisam ter bons currículos para conseguir uma vaga.
Por isso, é essencial ter um curso de graduação ou, para quem já tem um diploma de ensino superior, se dedicar a uma especialização. Esse é um dos caminhos para ter um currículo mais atrativo para os recrutadores.
Uma das vantagens é que já é possível fazer cursos de graduação e pós-graduação a distância, o que garante mais autonomia e flexibilidade para quem tem uma vida corrida ou já está no mercado de trabalho mas deseja expandir seus conhecimentos e desenvolver novas habilidades.
Independentemente do caminho que você optar, o primeiro passo é escolher instituições de ensino superior que são reconhecidas e bem avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC).
O Guia da Carreira listou algumas universidades que se encaixam nesse perfil e ainda oferecem condições especiais nas mensalidades, como bolsas de estudo. Confira:
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