A formação em Saúde Coletiva, ou sanitarista, como é conhecido o trabalhador da área, foi criada para habilitar profissionais para atuarem no atendimento das demandas do Sistema Único de Saúde (SUS).
O profissional de Saúde Coletiva tem uma presença marcante como agente do aperfeiçoamento da gestão e dos serviços prestados pelo SUS, mas ele não está presente somente nessa atividade.
Atualmente, o bacharel em Saúde Coletiva pode trabalhar como sanitarista, o que antes só era permitido a quem tivesse esse título como pós-graduado. Hoje, os dois nomes são usados para designar a mesma profissão, mas há especialistas do setor que argumentam no sentido de que só se empregue a denominação “profissional de Saúde Coletiva”.
Tal profissional está capacitado para ser elemento de melhoria das condições sanitárias das regiões em que atua, orientando e conduzindo procedimentos corretos para a boa saúde da população.
A medicina tradicional cuida do indivíduo, enquanto a Saúde Coletiva é mais ampla: previne doenças implantando projetos conforme a cultura e as necessidades locais.
Quer saber mais sobre essa profissão? Continue lendo este artigo!
Saúde Coletiva é uma movimentação sanitária iniciada no SUS, que combina questões sociais e de atendimento com políticas de saúde pública.
Já a Saúde Pública é o conjunto de ações e serviços sanitários promovidos pelo Governo para combater doenças que possam atingir a saúde de um grupo. Toda saúde pública é coletiva, mas nem toda saúde coletiva é pública.
Sobre o curso de Saúde Coletiva
O curso de graduação em Saúde Coletiva tem uma visão interdisciplinar e multiprofissional, pois engloba vários aspectos da saúde humana e sua interação com a sociedade e o ambiente.
Esse curso surgiu para formar profissionais que contribuam para a melhoria do SUS, consolidando a Reforma Sanitária Brasileira e transformando as práticas em saúde, superando o modelo individualista.
Para melhor compreensão do que se aprende no curso, é possível dividir a Saúde Coletiva em três dimensões:
Planejamento de gestão de políticas;
Epidemiologia social e clássica;
Ciências sociais humanas de forma global.
Mais do que observar, diagnosticar e tratar doenças, o profissional formado em Saúde Coletiva atua na promoção, proteção e recuperação da saúde das comunidades, a partir de uma visão crítica da realidade.
No vídeo abaixo, você confere mais sobre sobre a importância do curso de Saúde Coletiva para a sociedade:
Qual a grade curricular do curso de Saúde Coletiva?
O curso de Saúde Coletiva dura cerca de 4 anos. É um bacharelado e, evidentemente, é composto por matérias ligadas à área da saúde, bem como pelo conhecimento da conformação e funcionamento do corpo humano.
Estágio supervisionado e trabalho de conclusão de curso são exigidos para conclusão do curso e recebimento do diploma.
A grade curricular do curso de Saúde Coletiva pode variar de uma faculdade para outra, mas ela é basicamente composta pelas seguintes disciplinas:
Anatomia Humana;
Auditoria em Unidades de Saúde;
Biologia;
Ciências Sociais;
Comunicação e Expressão;
Economia;
Epidemiologia;
Fisiologia;
Gestão em Saúde;
Informática;
Inglês;
Legislação Sanitária;
Saúde Ambiental;
Saúde Ocupacional;
Planejamento e Políticas Públicas em Saúde;
Química.
Mercado de trabalho para quem faz Saúde Coletiva
Entre suas atividades, o profissional de Saúde Coletiva planeja e dirige projetos sociais de saúde de entidades públicas ou privadas.
No âmbito público, pode participar de programas do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e de Postos de Saúde.
No âmbito privado, sua atuação é requisitada por hospitais, clínicas, empresas de planos de saúde e também pela indústria farmacêutica.
O profissional também faz pesquisas e elabora ações destinadas a conter os males provocados por hábitos de vida inadequados, como o sedentarismo e o tabagismo, ou por causas ambientais, como a poluição do ar e a água imprópria para consumo.
Além disso, também é possível prestar serviços no terceiro setor da economia, como em organizações não governamentais, sindicatos e associações e, ainda, executar atividades como:
Auditor: acompanhando programas e serviços de saúde;
Educador em Saúde: como palestrante ou representante de projetos sanitários;
Gestor de Saúde: analisando contextos de saúde de um local;
Promotor de Saúde: planejando e executando projetos sanitários;
Sanitarista: fiscalizando medidas sociais preventivas de vigilância em saúde;
Supervisor: gerenciando ou coordenando unidades e polos de saúde.
Gostando dessa matéria? Inscreva-se para receber as principais matérias no seu e-mail
Quanto ganha um profissional de Saúde Coletiva?
Por se tratar de profissão recente, com campo muito vasto para o graduado atuar, não há muitas pesquisas salariais específicas. Alguns levantamentos apontam que o salário médio nacional para o profissional sanitarista varia em torno de R$5.350 por mês.
Levantamentos com base numa atividade semelhante, a de administrador hospitalar, chegaram a salários entre R$ 3.500 e R$ 8.300.
No serviço público, no qual a admissão é por concurso, o salário pode chegar a R$ 10.000. Ainda no setor público, o salário do sanitarista oscila entre R$ 5.000 e R$ 6.000.
Outras opções: Tecnológico, Bacharelado ou Especialização
Se você gosta de agir para melhorar a qualidade de vida de pessoas e comunidades, há cursos parecidos com o de Saúde Coletiva que podem te interessar, pois abrem mais chances de trabalho.
Eles são de nível superior e você se forma tecnólogo ou bacharel, ou pós-graduado, se for seu caso. Dentre eles, trazemos alguns:
Engenharia ambiental;
Gestão ambiental;
Gestão do 3º setor;
Gestão em gerontologia;
Gestão hospitalar;
Gestão social;
Instrumentalidade em serviço social;
Medicina;
Saúde pública;
Serviço social;
Trabalho social e assistência às famílias;
Tecnologias ambientais.
Como exemplo, tomemos Serviço Social. O curso é bacharelado de 4 anos, presencial ou no formato EaD. Você se forma como Assistente Social, cuja principal atuação é combater desigualdades sociais, não só na saúde, mas integrar o indivíduo na comunidade.
Na busca de soluções que melhorem a qualidade de vida, existem atividades no âmbito governamental, não governamental e privado.
Pós-graduação em Saúde Coletiva
A especialização em Saúde Coletiva pode ser cursada por quem já seja graduado em áreas como Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Medicina, Odontologia, Psicologia, Saúde Coletiva e outras áreas ligadas à saúde. Quem se interessar pode se preparar para a pós-graduação em Gestão em Saúde Coletiva.
Confira, no podcast abaixo, uma entrevista sobre saúde coletiva com uma pesquisadora da Fiocruz e ex-presidente do Conselho Nacional de Saúde:
Onde estudar?
Preparamos para você a lista abaixo com algumas faculdades em que poderá fazer um curso tecnológico, bacharelado ou pós-graduação, tanto na modalidade EaD quanto na presencial:
As instituições indicadas acima são todas bem avaliadas e têm o reconhecimento do MEC, sem o qual o seu diploma não seria válido.
Além disso, também oferecem descontos nas mensalidades, convênios, bolsas de estudo e financiamentos sem burocracia. Aceitam suas notas do Enem para entrar no curso, bem como o ProUni e o FIES para facilitar o pagamento.
