Atualizado em: 23/02/2024
Escolher qual faculdade fazer nem sempre é uma tarefa difícil. Isso porque existem diversos cursos e universidades disponíveis no país, além de que os estudantes já se pressionam naturalmente para fazer uma escolha certeira.
Sem contar que grande parte de quem ingressa em uma universidade são jovens, que estão começando a vida adulta e se deparam com uma escolha de tamanha importância.
Se esse é o seu caso, não se preocupe. Neste artigo você irá encontrar algumas dicas para facilitar esse processo e te ajudar a decidir que faculdade fazer. Confira!
Qual faculdade devo fazer?
Escolher a melhor opção de curso e faculdade depende de vários fatores, como seu perfil, suas habilidades e a modalidade de ensino mais compatível com você e com sua realidade, por exemplo. Veja todas as dicas, a seguir.
1. Faça um teste vocacional
O primeiro passo deve ser encontrar a área de que você mais gosta: Saúde? Exatas? Humanas? Além disso, entender quais são suas habilidades é fundamental, por exemplo: se você se dedica à leitura, se tem interesse em compartilhar conhecimento com outras pessoas ou se gosta de ajudar o próximo.
Para te ajudar nessa etapa, faça um teste vocacional. Essa orientação não apenas simplifica a escolha do curso universitário, mas também reduz a incerteza que muitas vezes acompanha essa decisão crucial, aliviando o estresse associado à indecisão
Essa ferramenta desempenha um papel fundamental ao proporcionar uma profunda autoanálise, permitindo que os estudantes compreendam melhor suas habilidades, interesses, valores e preferências e direcionam os participantes para áreas de estudo que estão alinhadas com suas características pessoais.
No entanto, é importante destacar que os testes vocacionais devem ser vistos como uma parte integrante de um processo mais amplo. Eles não são infalíveis e devem ser complementados por pesquisa sobre carreiras, aconselhamento profissional e uma disposição para explorar diferentes áreas.
2 . Pesquise sobre os cursos que você têm interesse
Depois de fazer o teste vocacional, é hora de pesquisar com mais profundidade sobre os cursos que mais combinam com o seu perfil. Se você definiu que quer seguir na área de Saúde, pesquise os cursos a seguir e decida aquele que se encaixa melhor nos seus objetivos:
Medicina
Odontologia
Enfermagem
Nutrição
Psicologia
Biomedicina
Farmácia
Fisioterapia
Fonoaudiologia
Radiologia
Educação Física
Estética e Cosmética
Dá para seguir o mesmo raciocínio se você tem mais vontade de seguir a área de Ciências Exatas, Humanas, Sociais, Artes, Gestão e Negócios e alguma Engenharia. A pesquisa e a curiosidade são fundamentais na hora de escolher qual faculdade fazer.
Pesquise sobre a grade curricular, duração, depoimento de alunos e ex-alunos, entenda como está o mercado de trabalho para a área desejada, salário, desafios e pontos positivos da profissão.
Assim que definir o curso, é hora de buscar a instituição de ensino superior ideal. Para responder a pergunta de “qual faculdade devo fazer”, você precisa considerar as universidades que sejam bem avaliadas e que vão de acordo com os seus objetivos.
O caminho para isso é avaliar os itens que tornam aquela instituição perfeita para você. Leve em conta fatores como:
A faculdade tem o curso que você procura?
Fica perto de sua casa?
É autorizada e bem avaliada pelo Ministério da Educação (MEC)?
A mensalidade está dentro do que você pode pagar?
Você está estudando para superar a concorrência (principalmente no caso das públicas) e garantir uma vaga no curso desejado?
O curso é oferecido na modalidade de estudo que tem a ver com a sua rotina?
Desses pontos, todos os itens podem ser negociáveis, dependendo do contexto, exceto um: a avaliação junto ao MEC.
Entenda por que você não pode abrir mão desse quesito:
A faculdade de sua escolha deve, obrigatoriamente, ter autorização do MEC para funcionar. Se não tiver, nem prossiga com o vestibular ou a matrícula. Fazer um curso sem esse aval é o mesmo que jogar dinheiro fora. Somente diplomas emitidos por faculdades autorizadas pelo MEC são reconhecidos no mercado e poderão ser usados para fazer pós-graduações, registro profissional da categoria ou se inscrever em concursos públicos de nível superior.
A avaliação é outro aspecto importante. Periodicamente, o MEC analisa quesitos como infraestrutura geral da instituição, nível de formação dos professores, qualidade dos laboratórios, nível de conhecimento dos alunos ao sair da faculdade, etc. Todos esses detalhes se revertem em indicadores conhecidos como Conceito de Curso (CC), Conceito Preliminar de Curso (CPC), Índice Geral de Curso (IGC), Conceito Institucional (CI) e nota no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade). Cada conceito recebe uma nota que varia de 1 (insatisfatório) a 5 (excelente). Quanto maior a nota da faculdade em cada um desses quesitos, melhor! Procure instituições e cursos que tenham nota a partir de 3 – essa pontuação significa que a faculdade ou curso atende plenamente aos critérios de qualidade do MEC.
Redes de ensino superior de tradição, como a Anhanguera e a Pitágoras em Minas Gerais , são reconhecidas e bem avaliadas pelo MEC. Ao final do texto vamos recomendar mais algumas.
4. Fique de olho no tipo de formação que o curso oferece
Um curso superior pode ser oferecido em um ou mais destes principais graus de formação:
Bacharelados: são formações mais generalistas, que preparam o aluno para atuar em diversas áreas do mercado de trabalho. Como exemplo podemos citar Medicina, Comunicação Social, Psicologia, Direito, Administração, Ciências Contábeis, Engenharia, etc.
Licenciaturas: são cursos voltados para a formação de professores e gestores escolares do ensino fundamental e médio. Exemplo: Letras, Geografia, Matemática, Ciências Biológicas, Pedagogia, etc.
Tecnológicos: são cursos superiores de curta duração, voltados à formação de profissionais especializados para suprir necessidades do mercado de trabalho. Exemplo: Gestão de Recursos Humanos, Design de Interiores, Empreendedorismo, Gestão Financeira, etc.
A gente recomenda ficar de olho nesse detalhe porque alguns cursos podem ser oferecidos em duas modalidades, e cada uma tem uma formação bem diferente da outra. É o caso, por exemplo, de Educação Física, Ciências Sociais, Química, História, Filosofia, Matemática, Gastronomia, Design, Letras e tantos outros.
Analise bem o curso desejado para fazer a escolha certa, ou seja, aquela que vai ajudá-lo a atingir seus objetivos de carreira.
5. Escolha uma faculdade que ofereça a modalidade de ensino adequada às suas necessidades
Pensar na modalidade de ensino também é um fator a ser considerado na hora de definir qual faculdade fazer. No Brasil é possível encontrar cursos superiores em três formatos distintos:
Presencial: é o modelo tradicional, com aulas na faculdade todos os dias em horários fixos – aquele mesmo que todo mundo já conhece.
A distância: são cursos ministrados por meio da internet, com a ajuda de um ambiente virtual de aprendizagem. Existem alguns encontros presenciais ao longo do semestre, mas são bem poucos – normalmente para fazer provas finais ou apresentar trabalhos.
Semipresencial: é um formato que mistura o melhor dos cursos a distância com o melhor dos presenciais. Aqui o aluno faz uma parte das disciplinas por meio do ambiente virtual de aprendizagem e a outra acontece presencialmente, em um campus ou polo de apoio da faculdade.
Cursos a distância e semipresenciais são encontrados com mais facilidade em faculdades privadas. As públicas também têm essas modalidades, mas em número bem menor.
Mas tenha em mente que se você optar por um curso da área de saúde, é bem provável que as ofertas serão presenciais. Já o modelo EaD costuma ser mais barato, porém se esse modelo não combina com você, é melhor investir no presencial.
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6. Entenda se é melhor a faculdade pública ou privada
Tantos as públicas quanto as privadas são excelentes opções de graduação. Ambas possuem suas vantagens e desvantagens, mas no geral, as que são reconhecidas pelo MEC estão aptas para atender as necessidades dos alunos e formar bons profissionais para o mercado de trabalho.
As universidades públicas representam pouco mais de 10% de todas as instituições superiores de ensino existentes no Brasil. Em números precisos, isso significa que das 2.364 faculdades, apenas 295 entram nessa categoria.
Como estão em um número bem menor, as universidades públicas não conseguem atender à toda demanda de alunos interessados e acabam se tornando ultra concorridas.
As vantagens de uma universidade pública são conhecidas há muito tempo: qualidade de ensino, gratuidade e reconhecimento no mercado. As desvantagens também: alta concorrência, localização e modernização lenta, em alguns casos.
Por outro lado, as particulares têm se tornado cada vez mais interessantes. Com boa qualidade de ensino, multiplicam-se pelo país afora, chegando até a cidades que nunca haviam sonhado em abrigar uma instituição de ensino superior antes.
Nas particulares, as vantagens são as seguintes:
Cursos em diversos formatos (presencial, semipresencial, a distância)
Grande oferta de graduações
Mais fáceis de encontrar, por meio de polos de apoio presencial espalhados por todos os estados brasileiros
A desvantagem, aqui, pode ficar por conta das mensalidades (às vezes até as mais baixas podem ser um fator complicador, dependendo do bolso do aluno).
Para sanar esse problema, existem algumas alternativas interessantes:
Descontos da própria faculdade: muitas instituições têm programas de bolsas de estudos para alunos que apresentam um bom desempenho no vestibular ou acadêmico.
ProUni: O Programa Universidade para Todos, do Governo Federal, concede bolsas de estudos parciais e integrais a alunos de baixa renda. Pode concorrer ao benefício quem se encaixar nos critérios de desempenho no Enem mais recente, formação escolar e renda familiar.
FIES: O Fundo de Financiamento Estudantil é um mecanismo do Governo Federal que facilita o pagamento das mensalidades de um curso superior. A dívida só começa a ser quitada depois da formatura, com juros baixos e prazo a perder de vista. Para participar é preciso ter feito qualquer Enem a partir de 2010, atingir a média necessária e atender aos critérios de renda.
Descontos e facilidades: Quem paga a mensalidade em dia geralmente ganha um bom desconto no boleto. O mesmo acontece para aqueles que estão fazendo uma segunda graduação, entraram por meio de transferência, indicaram amigos, trabalham em uma empresa conveniada, etc. Cada instituição tem sua política de descontos e facilidades. Consulte o local onde você quer estudar para saber mais.
Bolsas de estudo do Guia da Carreira: nosso portal possui parceria com diversas instituições de ensino superior que ofertam cursos em todas as áreas do conhecimento e em todas regiões do país com descontos de até 80%. Conheça algumas universidades parceiras:
Esteja aberto a ajustes ao longo do caminho é fundamental para responder a pergunta de “qual faculdade devo fazer”. Esteja ciente de que as demandas do mercado de trabalho podem mudar ao longo do tempo. Novas tecnologias, tendências econômicas e mudanças culturais podem influenciar as oportunidades de carreira
Reconheça que a aprendizagem não termina com a conclusão da universidade. O mercado de trabalho está evoluindo rapidamente, e a disposição para a aprendizagem ao longo da vida é essencial. Escolher uma faculdade que promova essa mentalidade pode ser vantajoso.
Quais cursos de graduação mais procurados pelos estudantes?
Outro fator que pode te ajudar a entender mais sobre qual faculdade fazer, é olhar os cursos mais procurados. Essa lista pode contribuir para analisar se o mercado de trabalho dessas áreas de fato está bom e também entender mais sobre o perfil de quem faz provas de vestibular.
De acordo com o MEC, estes foram os 10 cursos mais concorridos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) 2024:
Medicina: 298.316 inscrições
Direito: 157.364 inscrições
Administração: 118.883 inscrições
Psicologia: 103.336 inscrições
Enfermagem: 99.768 inscrições
Pedagogia: 89.702 inscrições
Medicina Veterinária: 65.271 inscrições
Ciência da computação: 57.385 inscrições
Educação Física: 55.437 inscrições
Ciências Biológicas: 52.822 inscrições
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