Essa é uma dúvida frequente entre estudantes de diversas áreas, principalmente no Direito. Afinal, doutor é quem tem doutorado? Outras profissões que podem obter esse título?
Antes de mais nada, é importante saber que se tornar doutor pode ser benéfico por diversas razões, dependendo dos objetivos e interesses individuais. Um exemplo disso é o próprio doutorado que é o mais alto nível de especialização acadêmica em uma determinada área.
Isso porque o título pode abrir portas para oportunidades de carreira avançadas em diversos setores, como cargos de liderança, pesquisa e docência em instituições acadêmicas.
Se você deseja ter este título dentro da sua vida profissional e acadêmica, entenda se doutor é quem tem doutorado e se outras profissões podem utilizar o termo.
O título de doutor é o grau acadêmico mais alto, conferido a quem concluiu um curso de doutorado, que é um tipo de pós-graduação stricto sensu, conforme foi mencionado na introdução do artigo.
No Brasil, o título de doutor é regulamentado pela Lei nº 9.394/1996, que estabelece que o grau de doutor é conferido por universidades públicas ou privadas, reconhecidas pelo Ministério da Educação.
Entretanto, na prática cotidiana, o uso de “doutor” não se limita ao ambiente acadêmico. Sendo comum que o título seja usado também por profissionais que não têm doutorado.
Na esfera médica, por exemplo, é comum se referir aos profissionais com o título de doutor, independentemente de possuírem ou não um doutorado. Essa é uma convenção cultural expressa respeito pela experiência e conhecimento adquiridos na prática clínica.
O mesmo acontece na área do Direito, quando profissionais sendo advogados ou bacharéis recebem o título de doutor entre os clientes e demais profissionais.
Bem, do ponto de vista acadêmico, não. Doutor é quem tem doutorado, mas como foi pontuado acima é comum que o título de doutor seja usado também por outras profissões. Mas vale lembrar que é baseado em uma tradição histórica, mas não respaldada pelas normas acadêmicas.
De todo modo, entenda que o doutorado acadêmico é o mais alto nível de formação acadêmica. Para a conquista desse título envolve anos de pesquisa, contribuições originais ao conhecimento e a defesa de uma tese perante uma banca examinadora.
É compreensível que historicamente, no Brasil, na área da saúde, médicos, dentistas e veterinários sejam chamados de doutores, mesmo que não possuam um doutorado acadêmico.
Esse título é uma cortesia que reconhece a complexidade e a extensão de seu treinamento profissional. Mas a decisão de usar ou não o título de doutor sem doutorado é pessoal.
Entretanto, em geral, é recomendado que o título de doutor seja usado apenas por quem tem um diploma de doutorado.
É correto chamar um advogado de doutor?
A resposta curta é: depende. É comum que os advogados sejam chamados de doutores, mesmo que não tenham doutorado. Essa prática é baseada em uma tradição histórica, que remonta ao Império do Brasil.
Em 1827, a Lei do Ensino Superior estabeleceu que os bacharéis em Direito seriam chamados de doutores. Ela foi a responsável por instituir os cursos de Ciências Jurídicas e Sociais, como também o regulamento, estatuto e o título de doutor para os advogados. Essa lei ainda está em vigor, mas não é amplamente aplicada.
“Os que freqüentarem os cinco annos de qualquer dos Cursos, com approvação, conseguirão o gráo de Bachareis formados. Haverá tambem o gráo de Doutor, que será conferido áquelles que se habilitarem com os requisitos que se especificarem nos Estatutos, que devem formar-se, e sò os que o obtiverem, poderão ser escolhidos para Lentes.”*
Essa lei ainda está em vigor, mas não é amplamente aplicada. Mesmo assim, é válido que os advogados sejam chamados de Doutor, já que recebem este título na formação, mas, claro, que para atuar na advocacia é preciso ser aprovado no exame da Ordem dos Advogados (OAB).
O primeiro passo é escolher uma área de estudo que verdadeiramente faça sentido com sua carreira e, claro, que você goste, afinal essa decisão orientará sua pesquisa pelos próximos anos.
Em seguida, procure instituições e programas de doutorado alinhados aos seus interesses, avaliando a reputação acadêmica dos orientadores e as oportunidades de pesquisa disponíveis.
Ao ser admitido em um programa de doutorado, estabeleça uma relação sólida com seu orientador, discutindo claramente suas expectativas e metas. Desenvolva um plano de pesquisa detalhado, identificando a lacuna de conhecimento que seu projeto visa preencher.
Durante o doutorado, mantenha uma disciplina rigorosa, dedicando tempo diário à pesquisa e à escrita e, também, participe ativamente de conferências e seminários para ampliar sua rede acadêmica e obter feedback valioso.
Ao final, quando redigir sua tese, siga as diretrizes da instituição, estruturando argumentos de forma clara e coerente para conseguir a aprovação da banca.
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Para chegar ao doutorado, algumas etapas são necessárias, principalmente o diploma de ensino superior. Por isso, invista em uma graduação que converse com seu plano acadêmico de doutorado.
Você pode fazer um teste vocacional, antes de mais nada, e depois buscar boas instituições de ensino reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC).
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