Veja quais são os 5 passos para criar uma Empresa Júnior
A graduação é um período que oferece diversas possibilidades aos estudantes. É uma fase para se aprofundar e desenvolver as habilidades necessárias para seguir uma determinada profissão, além de ser um espaço para trocas de experiências e networking.
São muitas opções, como estágios, iniciação científica, projetos de extensão e outras atividades que ajudam no desenvolvimento de cada um. Uma alternativa presente em várias faculdades é a empresa júnior (EJ).
Confira, a seguir, como funciona uma EJ, quais as vantagens de participar desse tipo de projeto e quais são os passos essenciais para criar uma em seu curso.
O que é uma empresa júnior?
A Empresa Júnior é uma organização civil sem fins lucrativos formada por estudantes de graduação e também por professores orientadores. O objetivo de uma EJ é desenvolver profissionalmente os alunos e capacitá-los para o mercado de trabalho de forma mais prática, além de simular as atividades de uma empresa real e incentivar o empreendedorismo.
Em relação à remuneração e o modelo de negócio, há um diferença. Ao contrário de uma empresa tradicional, uma EJ não pode ter lucro, ou seja, todo o valor arrecadado pelos membros deve ser investido na capacitação dos estudantes e na estrutura da organização.
Segundo a Lei 13.267, os alunos que participam da empresa júnior trabalham em caráter voluntário, ou seja, não recebem nenhuma remuneração pelos serviços prestados e pelos trabalhos desenvolvidos.
Como a prestação de serviços é voluntária, uma forma de arrecadar recursos é por meio de patrocínio e apoio de outras instituições e organizações, como agências, empresas privadas e parceria com órgãos públicos, conforme prevê o artigo 7ª da Lei 13.267:
Art. 7º É vedado à empresa júnior:
I – captar recursos financeiros para seus integrantes por intermédio da realização de seus projetos ou de qualquer outra atividade;
II – propagar qualquer forma de ideologia ou pensamento político-partidário.
§ 1º A renda obtida com os projetos e serviços prestados pela empresa júnior deverá ser revertida exclusivamente para o incremento das atividades-fim da empresa.
§ 2º É permitida a contratação de empresa júnior por partidos políticos para a prestação de serviços de consultoria e de publicidade.
E talvez você esteja se perguntando: como faz para participar? A seleção de um aluno para integrar e compor o time de uma empresa júnior é feita por meio de um processo seletivo.
As etapas variam conforme cada curso e universidade, mas no geral seguem a estrutura de contratação de uma empresa real, como: envio do currículo, entrevista, testes técnicos e também dinâmicas.
Quais as vantagens de participar empresa júnior?
Participar de uma empresa júnior vai possibilitar que o aluno tenha contato com a realidade profissional e que se desenvolva além da teoria. De acordo com a Lei 13.267, uma EJ deve:
I – proporcionar a seus membros as condições necessárias para a aplicação prática dos conhecimentos teóricos referentes à respectiva área de formação profissional, dando-lhes oportunidade de vivenciar o mercado de trabalho em caráter de formação para o exercício da futura profissão e aguçando-lhes o espírito crítico, analítico e empreendedor;
II – aperfeiçoar o processo de formação dos profissionais em nível superior;
III – estimular o espírito empreendedor e promover o desenvolvimento técnico, acadêmico, pessoal e profissional de seus membros associados por meio de contato direto com a realidade do mercado de trabalho, desenvolvendo atividades de consultoria e de assessoria a empresários e empreendedores, com a orientação de professores e profissionais especializados;
IV – melhorar as condições de aprendizado em nível superior, mediante a aplicação da teoria dada em sala de aula na prática do mercado de trabalho no âmbito dessa atividade de extensão;
V – proporcionar aos estudantes a preparação e a valorização profissionais por meio da adequada assistência de professores e especialistas;
VI – intensificar o relacionamento entre as instituições de ensino superior e o meio empresarial;
VII – promover o desenvolvimento econômico e social da comunidade ao mesmo tempo em que fomenta o empreendedorismo de seus associados.
Com o que está definido na Lei dá para perceber que participar de uma empresa júnior possui muitos benefícios, listamos, a seguir, alguns vantagens para resumir:
- Networking: como o aluno desenvolverá diversas atividades e também prestará serviços a diversas empresas e organizações, isso poderá abrir muitas portas. O estudante poderá fazer contatos e, por meio deles, conseguir outras oportunidades, como estágios e até mesmo vagas efetivas.
- Conquista de um emprego ao sair da faculdade: conseguir um trabalho após a graduação nem sempre é fácil. Por isso, participar de uma EJ é a chance de preencher o currículo e mostrar aos recrutadores que você já possui uma bagagem profissional;
- Aprendizado na prática: desenvolverá atividades que a profissão exige e poderá aplicar no dia a dia o que estuda na graduação;
- Capacidade de desenvolver soft e hard skills: além de desenvolver habilidades específicas da carreira, o aluno ainda terá a capacidade de adquirir outras competências cada vez mais exigidas no mercado de trabalho, como liderança, trabalho em equipe e empatia.
Leia mais: + Entenda o significado de Hard Skills e Soft Skills
5 passos para criar uma empresa júnior
Viu como participar de uma empresa júnior pode ser uma grande oportunidade profissional? E o melhor disso tudo é que criar uma EJ não é tão difícil quanto parece.
A Federação das Empresas Juniores do Estado de São Paulo (FEJESP), que reúne mais de 200 empresas juniores presentes em 48 universidades, contou quais são os 5 passos para criar uma. Confira:
- Vínculo: antes de mais nada, a EJ precisa ser vinculada à uma instituição de ensino superior;
- Criar um estatuto e definir o plano de negócio: 2. para dar início à ideia, o grupo deve elaborar um documento descrevendo o projeto, o plano de negócios da futura EJ, currículo dos membros da equipe, o que deseja da instituição de ensino a qual a empresa estará ligada e qual o investimento necessário para iniciar o negócio;
- Desenvolver um planejamento estratégico: é importante responder algumas perguntas, entre as quais: ‘Qual o motivo da existência da empresa?’, ‘O que move seus membros a realizar as atividades propostas?’ e ‘Onde os fundadores querem ver a empresa dentro de alguns anos?’. O plano de negócios também deve conter a análise de alguns pilares fundamentais, como a sustentabilidade financeira, crescimento no número de projetos, execução da estratégia e manutenção do nível de satisfação dos membros.
- Conseguir recursos financeiros: eles podem vir de podem vir de doações de instituições governamentais ou não governamentais, incluindo: empresas, agências, convênios, contratos firmados com o poder público, herança, doação por parte de organizações civis e rendimento de aplicações financeiras.
- Consultar professores e assessores da área: 5: para abrir uma EJ, o grupo pode contar com a assessoria da Brasil Júnior (brasiljunior.org.br) e se o negócio for em São Paulo, com a FEJESP (fejesp.org.br).
Como melhorar o currículo profissional?
Além de fazer uma graduação e participar de uma empresa júnior, existem outras formas de se capacitar e melhorar o currículo profissional. Um dos melhores caminhos é por meio de cursos, que podem ser livres ou também de especialização.
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