Engenharia Automotiva: profissão, carreira e mercado de trabalho
Da concepção e montagem até o testes de verificação da qualidade final, o engenheiro automotivo está presente em todas as etapas da fabricação de carros, motos, ônibus e caminhões.
Automóveis, peças e sistemas automotivos fazem parte do dia a dia desse profissional, que aplica seus conhecimentos científicos e tecnológicos para a criação e a melhoria de veículos de todo tipo.
Saiba mais sobre a Engenharia Automotiva, o que é necessário estudar para chegar lá, quanto ganha o profissional e como está o mercado de trabalho!
O que faz um engenheiro automotivo
O engenheiro automotivo ? ou engenheiro automobilístico ? é responsável por planejar, projetar, construir e realizar a manutenção de automóveis e de seus componentes e sistemas. Atua também na elaboração dos processos de fabricação de veículos e autopeças, levando em consideração sua eficácia e viabilidade econômica.
Além de desenvolver novos produtos e processos, trabalha na atualização de automóveis, revisando as linhas atuais e passadas, identificando problemas e limitações e propondo soluções que serão aplicadas no lançamento de novas linhas. E pode ir além dos carros, trabalhando com ônibus, caminhões, motocicletas e até mesmo com veículos para uso na indústria e agricultura.
Deve estar sempre atento a fatores como a segurança do condutor e do meio ambiente. Faz parte de sua rotina a análise dos testes de qualidade e segurança e pode ser responsável também por toda a verificação e ajustes da documentação técnica dos veículos.
Algumas das atividades que o engenheiro automotivo pode desempenhar:
- Projetos relacionados a sistemas de segurança, como cintos de segurança e airbags, com análise de resistência de materiais, testes e simulações.
- Estudos de consumo de combustível e emissão de poluentes, considerando as normas ambientais.
- Estudos de dirigibilidade e desempenho, que envolvem temas como peso, tração, pneumática, suspensão, aceleração, frenagem e estabilidade.
- Análise de sistemas de refrigeração e aquecimento, bem como outros sistemas relacionados à ergonomia e ao conforto.
- Cálculo de itens como quantidade de material e recursos técnicos a serem utilizados, sempre levando em conta a viabilidade de produção, tanto econômica quanto ambiental.
Outra área que atrai o interesse de muitos jovens para a Engenharia Automotiva é o automobilismo. A modalidade mais famosa é a Fórmula 1, mas existem por todo o país e pelo mundo inúmeras categorias de automobilismo que mantêm equipes, promovem competições e criam em torno delas todo um universo que necessita de equipes multidisciplinares de profissionais para poder funcionar.
O mercado de trabalho para quem faz Engenharia Automotiva
O mercado para esse profissional se aquece conforme o número de montadoras e da frota de veículos no país. Os fabricantes precisam, ano a ano, apresentar inovações e incorporar novas tecnologias.
Entre os principais empregadores de engenheiros automotivos, podemos citar:
- Fábricas e montadoras de veículos
- Equipes de competição automobilística
- Serviços técnicos de importadoras de veículos
- Serviços técnicos de representantes de equipamentos para o setor
- Como autônomo, prestando consultoria para empresas automobilísticas
- Empresas de inspeção, homologação e legislação automóvel
- Empresas de transporte, para a melhoria e inovação das frotas
- Formador de mão-de-obra especializada para serviços técnicos
- Indústria de autopeças
Apesar do bom mercado e da ampla possibilidade de trabalho, cada vaga é muito concorrida. Não há informação sobre o número exato de engenheiros automotivos existentes no país, mas, consultando o site do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), vemos que há quase 275 mil engenheiros cadastrados na modalidade de Engenharia Mecânica, que é a que mais se aproxima da Engenharia Automotiva.
Qual o salário de Engenharia Automotiva
O salário do engenheiro automotivo pode ser considerado elevado para a média brasileira. É um cargo de alta especialização e procurado, em geral, por empresas de grande porte. Além do porte da empresa, outros fatores de variação salarial são a região do país e o tempo de experiência profissional.
O Site Nacional de Empregos (SINE) mostra que um profissional recém-formado, trabalhando em uma empresa de pequeno porte, recebe cerca de R$ 3.563 mensais. Se o profissional recém-formado trabalhar em uma empresa de grande porte, seus ganhos saltam para cerca de R$ 6.000.
Com o tempo de experiência, o salário sobe bastante. Um engenheiro automotivo com mais de oito anos de mercado ganha cerca de R$ 8.700 em uma empresa pequena e beira R$ 15.000, caso trabalhe em uma grande empresa.
Como se tornar um engenheiro automotivo
Para trabalhar com Engenharia Automotiva é necessário um curso superior. Existe a opção do curso de tecnologia em Sistemas Automotivos (também pode ser chamado de Eletrônica Automotiva) ou então um bacharelado em Engenharia Automotiva. Uma terceira opção é fazer o bacharelado em Engenharia Mecânica e depois uma pós-graduação no ramo automotivo.
Qualquer que seja o caminho, é imprescindível verificar se a instituição está credenciada pelo Ministério da Educação (MEC), para que seu diploma tenha validade em todo o território nacional.
Os tecnólogos são cursos superiores, e um de seus requisitos obrigatórios é ter concluído o Ensino Médio. O curso de tecnólogo em Sistemas Automotivos dura cerca de três anos e a oferta é escassa no Brasil, podendo ser encontrado em instituições como o SENAI e em algumas faculdades particulares da Grande São Paulo e do Vale do Paraíba (interior de São Paulo), todos eles na modalidade presencial. A atuação do tecnólogo é mais específica ? e restrita ? do que a do engenheiro.
Os bacharelados também são cursos superiores e têm carga horária maior que a dos tecnólogos. Formam profissionais com uma base ampla e sólida, a partir de uma grade curricular mais abrangente. Os bacharelados em Engenharia Automotiva também não são oferecidos em muitas instituições brasileiras. Alguns dos cursos mais tradicionais são o da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o do SENAI, todos com duração média de cinco anos e no sistema presencial.
Talvez a opção mais acessível seja mesmo fazer a graduação em Engenharia Mecânica e depois se especializar, pois a Engenharia Automotiva pode ser considerada uma área da Engenharia Mecânica.
A oferta de cursos de bacharelado em Engenharia Mecânica é grande. Como em toda Engenharia, a base inicial do curso está focada em matérias relacionadas ao cálculo matemático. Há também muita Física e Química e, com o decorrer do curso, aparecem disciplinas mais específicas, como processos de fabricação, motores de combustão interna, máquinas hidráulicas e pneumáticas, entre uma infinidade de outras.
O que se estuda em Engenharia Automotiva?
Entre as principais disciplinas que são estudadas em um curso de engenharia automotiva, estão:
- Mecânica dos sólidos e dos fluidos;
- Termodinâmica e transferência de calor;
- Eletricidade e eletrônica aplicada a veículos;
- Dinâmica veicular;
- Projeto de motores e transmissões;
- Materiais para a indústria automotiva;
- Controle de qualidade e processos de produção;
- Segurança veicular e regulamentações;
- Sistemas de suspensão e freios;
- Sistemas de direção e controle de estabilidade;
- Design e ergonomia veicular;
- Desenvolvimento e gestão de projetos.
Onde estudar Engenharia Mecânica
Confira algumas instituições reconhecidas e bem avaliadas pelo MEC que oferecem o curso de Engenharia Mecânica:
- Universidade Anhembi Morumbi
- Estácio – Universidade Estácio de Sá
- USJT – Universidade São Judas Tadeu
- FMU – Centro Universitário
- Unicsul – Cruzeiro do Sul
- Belas Artes
- UNISA
- UNIP
Todas elas participam de programas do governo que ajudam a pagar a faculdade particular, como o ProUni e o FIES, além de terem suas próprias iniciativas para facilitar a vida financeira dos estudantes, como convênios, descontos, bolsas de estudos e financiamentos sem burocracia.
É importante, uma vez terminada a graduação, fazer a inscrição no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) de seu estado. Ser filiado ao CREA é requisito básico par poder exercer a profissão de engenheiro no Brasil.
Com o diploma de engenheiro mecânico em mãos, você pode procurar a sua pós-graduação em Engenharia Automotiva. Os cursos costumam durar em média dois anos e sua oferta ainda é relativamente pequena no Brasil. Algumas instituições tradicionais, como a Universidade de São Paulo (USP), a Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) são opções de especialização em Engenharia Automotiva.
Veja também:
Engenharia Mecânica: curso, profissão e faculdades.
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