Cotas do Prouni: Entenda quais são e como funcionam
Desde a sua criação, em 2004, o Programa Universidade para Todos (ProUni) já beneficiou mais de 2 milhões de estudantes brasileiros com bolsas de estudos em faculdades de todo o país, por meio das cotas e das vagas em ampla concorrência.
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Essa iniciativa do Governo Federal é destinada à população que mais precisa de ajuda para cursar o ensino superior, já que o programa usa a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para classificar candidatos a bolsas parciais e integrais em cursos presenciais e a distância de instituições bem avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC).
O processo de aplicação da nota do Enem é totalmente automatizado, e os candidatos que cumprem os requisitos de participação devem escolher, no sistema de inscrições, duas opções entre as vagas disponíveis.
+ Como se inscrever no Prouni?
É necessário selecionar, além da faculdade, campus, curso e turno, em qual modalidade deseja disputar a vaga: ampla concorrência ou ações afirmativas (cotas).
Entenda, a seguir, como funcionam as cotas do ProUni: de que tipo são, quem pode concorrer como cotista, quantas vagas são disponibilizadas a cada edição e que tipo de documento o candidato precisa providenciar.
Quais são as cotas do Prouni?
O Programa Universidade para Todos, assim como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem uma quantidade de vagas reservada para cotas, de acordo com a Lei de Cotas (Lei nº 12.711).
No entanto, diferentemente do Sisu, o ProUni não faz reserva de vagas para cota econômica, apenas social, porque o programa já é uma política pública de inclusão econômica. Ou seja, já que o ProUni já é restrito aos estudantes de baixa renda, não há cotas de renda.
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Há, nesse sentido, cotas de classificação social, que são as cotas raciais, para candidatos pretos, pardos ou indígenas (PPI), e para candidatos com deficiência.
O número de vagas reservadas para cotas, de acordo com a Lei de criação do ProUni, serão de acordo com a porcentagem da população referente àquele grupo social.
De acordo com o Plano Nacional de Saúde (PNS) divulgado em 2020, 8,4% da população brasileira acima de dois anos possui algum tipo de deficiência. Assim, a mesma proporção deve ser mantida nas vagas para esse grupo.
Da mesma forma, segundo o IBGE, 54% da população do país é negra (preta ou parda), o que deverá ser mantido no recorte de vagas.
+ Renda familiar no Prouni: Como funcionam as regras?
Como funcionam as cotas do ProUni?
Para participar do sistema de cotas do ProUni, é preciso ter baixa renda, e também se encaixar nos grupos para que são reservadas as vagas de cotas.
Ou seja, é necessário ter renda familiar per capta menor que três salários mínimos (para bolsa de 50%) ou menor que 1,5 salário mínimo (para bolsa de 100%), e ainda possuir alguma deficiência, ou se autodeclarar preto, pardo ou indígena.
+ Quem se inscreveu no Sisu pode participar do Prouni?
Quantas vagas o ProUni reserva para as cotas?
O ProUni acontece duas vezes por ano, no primeiro e no segundo semestre. O número de bolsas disponíveis varia a cada edição, assim como as vagas para cotistas.
O que se sabe é que a quantidade de bolsas destinadas a pretos, pardos e indígenas é proporcional à representação dessa população em cada estado, de acordo com o mais recente censo do IBGE.
Você poderá consultar todas as vagas disponíveis para cotistas um pouco antes e durante as inscrições do ProUni.
A Lei de Cotas é uma política pública que completou 10 anos em 2022. Ainda tem dúvidas sobre esse tema? Então, veja tudo o que você precisa saber sobre as cotas raciais.
Quem tem direito à cota do ProUni?
Pode concorrer como cotista, o candidato precisa cumprir os requisitos de renda familiar mensal (máximo de 3 salários mínimos por pessoa), ter alguma deficiência ou ser preto, pardo ou indígena.
Além disso, é necessário:
- Não tiver diploma de nível superior.
- Tiver participado do Enem mais recente, com pelo menos 450 pontos na média das provas e nota superior a zero na redação.
- Ter feito todo o ensino médio em escola pública ou em particular como bolsista.
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Vale lembrar também que professores da rede pública de ensino, integrantes do quadro permanente de funcionários, exercendo efetivamente o magistério, também podem concorrer ao ProUni. Nesse caso, não precisam comprovar renda.
Como funciona a concorrência por cotas no ProUni?
No ProUni, a disputa acontece somente entre os candidatos que escolheram exatamente as mesmas opções de:
- Curso
- Faculdade
- Campus
- Turno
- Modalidade de concorrência
Ou seja, o cotista só concorre com cotista, e ainda assim para o mesmo curso, faculdade, turno e campus. Isso não significa que seja muito mais fácil entrar por cotas.
Em alguns casos, a nota de corte (nota mínima para ser selecionado) pode ser até mais alta nessa modalidade! Vale lembrar também que não é só porque o candidato tem cota, que ele tem uma vaga garantida. Ele precisará ser selecionado para aquela vaga, entre os concorrentes.
Como comprovar cota no ProUni?
Para fazer a inscrição do ProUni, o candidato que se encaixa no critério de cotas não precisa apresentar nenhuma documentação.
Essa comprovação só é necessária caso o estudante seja selecionado para uma bolsa, e ainda assim em condições bem específicas.
Os critérios de raça são auto declaratórios, ou seja, pretos, pardos e indígenas não precisam apresentar documentos para comprovar sua etnia, apenas se declarar como integrantes de tais grupos, por se identificarem com eles.
Já os candidatos com deficiência precisam, na etapa de comprovação de documentos para fazer a matrícula, apresentar laudo médico atestando o tipo e grau de deficiência, com o código correspondente da Classificação Internacional de Doença (CID).
+ É possível participar do ProUni duas vezes? Descubra
Onde estudar com bolsa do ProUni
Somente faculdades reconhecidas e bem avaliadas pelo MEC podem oferecer bolsas pelo ProUni. Conheça algumas que costumam participar:
- Universidade Estácio de Sá (UNESA)
- Universidade Cidade de São Paulo (UNICID)
- Universidade Norte do Paraná (UNOPAR)
- Universidade Cruzeiro do Sul (UNICSUL)
- Universidade de Franca (UNIFRAN)
- Centro Educacional Anhanguera (ANHANGUERA)
- Centro Universitário UNISEB (UNISEB-Estácio)
- Faculdade Unime (UNIME)
- Faculdade Pitágoras (PITÁGORAS)
- Centro Universitário do Distrito Federal (UDF)
- Centro Universitário UNIBTA
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Não fui bem no Enem, e agora?
Apesar de o Enem ser uma prova única para todos os estudantes, e de os programas sociais, como o ProUni, darem oportunidade para o máximo de alunos possível, nem sempre é possível conseguir a tão sonhada vaga. Mas tá tudo bem!
O mundo é muito vasto, e existem ótimas oportunidades para você também, mesmo depois de uma decepção na nota do Enem.
Conheça algumas universidades que são referência, mas que possuem mensalidades amigas, que podem caber no seu bolso:
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